A conclusão é do Dieese, o Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos. É 5 vezes mais do que o piso nacional em vigor, que é de mil e 100 reais. O valor ideal estimado em julho é um pouco maior que o salário ideal estimado em junho, que foi de R$ 5.421,84.
Todos os meses, o Dieese faz essa estimativa de quanto deveria ser o salário mínimo para bancar a moradia, a alimentação, a educação, a saúde, o lazer, o vestuário, a higiene, o transporte e a Previdência Social do trabalhador e de sua família – considerando uma família de 4 pessoas, dois adultos e duas crianças. São necessidades tidas como básicas na Constituição Federal.
Para o cálculo, o órgão considera o valor da cesta básica mais cara entre 17 capitais pesquisadas.
No mês passado, os preços do conjunto de alimentos básicos tiveram alta em 15 das 17 capitais pesquisadas e a cesta mais cara foi registrada em Porto Alegre: R$ 656,92.
Mensalmente, o Dieese também estima o tempo médio que o brasileiro precisa trabalhar para comprar os produtos da cesta.
Em julho, o tempo médio de trabalho nas 17 capitais apenas para comprar produtos básicos para o mês foi de 113 horas e 19 minutos, o equivalente a 4 dias, 17 horas e 19 minutos de trabalho.
Considerando a cesta de Porto Alegre, que foi, lembrando, a mais cara entre as capitais pesquisadas, o trabalhador precisou de 131 horas e 23 minutos para arcar com os custos: 5 dias, 11 horas e 23 minutos de trabalho no mês apenas para comprar produtos da cesta básica de alimentos nos valores cobrados em Porto Alegre.