Homicídios caem no Brasil, mas mortes violentas sem esclarecimento crescem
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Publicado em 01/09/2021

Homicídios caem no Brasil, mas 17 mil mortes violentas ficaram sem esclarecimento em 2019

Essa é uma das conclusões do Atlas da Violência 2021, estudo elaborado em parceria entre o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, o Ministério da Economia, e o Instituto Jones dos Santos Neves.

O estudo anual traz diversos números sobre criminalidade e violência no nosso país.

E um dos dados divulgados é justamente o que mostre que, em 2019, 17 mil pessoas foram enterradas no Brasil sem que a causa da morte violenta fosse esclarecida.

Elas podem ter sido vítimas de agressões, assassinatos, acidentes ou suicídios, mas entraram nas estatísticas como “morte violenta por causa indeterminada"

Esse tipo de óbito, aliás, deu um salto no nosso país cresceu no país: passou de 12.310 registros, em 2018, para 16.648 em 2019, um aumento de 35%.

Segundo dados usados pelo Atlas, o Brasil registrou 45.503 homicídios em 2019, o que corresponde a uma taxa de 21,7 mortes por 100 mil habitantes.

O total de homicídios em 2019 é 22% inferior ao registrado 1 ano antes. Em 2018, para comparação, o país havia registrado 57.956 mortes do tipo.

No entanto, para os pesquisadores, o alto índice de mortes sem esclarecimento pode ser a principal explicação para o recuo.

Outro triste destaque da publicação mais recente do Atlas da Violência é o número de assassinatos de pessoas negras.

De acordo com a pesquisa, os negros representaram 77% das vítimas de assassinato no país em 2019.

A taxa de homicídios por 100 mil habitantes negros no Brasil em 2019 foi de 29,2, enquanto a da soma dos amarelos, brancos e indígenas foi de 11,2.

Em outras palavras, significa dizer que a chance de uma pessoa negra ser assassinada no Brasil é quase 3 vezes maior que a chance de uma pessoa não negra.

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