Mesmo com o Bolsa Família em fase de expansão, a classe D/E, a mais pobre e numerosa do país, vai ganhar mais um milhão e 200 mil famílias este ano.
A previsão é que o número de pobres siga em ampliação ainda no ano que vem, quando se projeta a inclusão de outras 620 mil famílias na categoria.
As estimativas fazem parte do estudo da Tendências Consultoria Integrada.
Pelos cálculos, as classes D/E não apenas vão se ampliar, como perderão 14% da massa de renda, composta pelos salários, transferências de benefícios como Bolsa Família, Prestação Continuada e outras fontes.
A segunda categoria mais numerosa, a classe C, também perderá 514 mil domicílios e 2% da massa de renda.
Já as classes mais favorecidas – A e B – se expandirão em 2% e a massa de renda vai aumentar em torno de 3%.
As projeções levam em conta a concessão do Auxílio Brasil no ano de 2022, com aumento do valor médio de 190 reais para em torno de 400.
Segundo o economista Lucas Assis, a expansão das classes D e E se deve ao número de desempregados, principalmente entre os de menor escolaridade.
De acordo com o IBGE, o Brasil tem, hoje, mais pessoas na miséria do que em 2011.
São mais de 27 milhões de pessoas que vivem com menos de R$ 261,00 por mês.