O aumento de casos de Covid por causa das aglomerações de Carnaval felizmente não chegou ao Paraná, pelo menos por enquanto. Dados da Secretaria de Estado de Saúde (Sesa) de sábado (12) revelam que a média móvel de casos está em 2.052 nos últimos sete dias, uma queda de 65,7% em relação a 14 dias atrás. A média móvel de mortes está em 12, uma redução significativa de 55.9% em relação a 14 dias trás. Além de planejar a flexibilização das máscaras em espaços abertos, que já está em discussão na Assembleia Legislativa, a Sesa já definiu as áreas prioritárias no pós-pandemia. A retomada das cirurgias eletivas e a ascensão da Saúde Mental e Atenção Primária – porta de entrada do cidadão ao SUS –, são alguns dos focos principais nesta fase.
A Covid-19 levou muitos usuários a deixar de dar continuidade aos tratamentos médicos de rotina nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) por medo de contrair a doença. Agora o desafio é fazer com que esses usuários voltem a frequentar os serviços. Investir no atendimento primário é uma tarefa a ser encarada nos próximos anos. “A pandemia trouxe muitos desafios para a saúde no Paraná, todos atendidos com êxito pelo Governo. Agora além de dar continuidade ao atendimento aos pacientes da Covid-19 com excelência, precisamos reforçar o atendimento primário”, disse o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto. Para isso, uma série de investimentos estão acontecendo, como compra de ambulâncias e verba para a construção e reforma de postos de saúde.
Durante a pandemia, as cirurgias eletivas tiveram que ser interrompidas durante alguns períodos para que não houvesse a sobrecarga no sistema de saúde. A medida foi adotada para que houvesse uma menor demanda na utilização de medicamentos do chamado kit intubação no momento em que a ocupação de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) estava lotada. A expectativa é que ainda neste mês o Governo lance o Programa Estadual de Procedimento Cirúrgicos Eletivos, com incremento de custeio, objetivando diminuir a fila de espera em todo o Paraná. “Queremos diminuir ao máximo a fila para as cirurgias eletivas. É urgente sanar esse gargalo na saúde pública”, arrematou o secretário.
Com objetivo de fortalecer e descentralizar a política da saúde mental, em 2021 a Sesa atualizou o Instrumento de Estratificação de Risco em Saúde Mental para que os profissionais da Atenção Primária possam apoiar o compartilhamento do cuidado com os pontos de atenção e respectivos profissionais que já trabalham nesta área. A rede de psiquiatria estadual conta atualmente com 1.667 leitos e a Sesa já prepara a construção de um novo Centro de Atenção Psicossocial (Caps), duas novas habilitações de Caps, contratação de 60 equipes multiprofissionais de Atenção Especializada em Saúde Mental e formalização de 50 leitos para atendimento em hospitais gerais somente para atendimento desses pacientes.