Mesmo com a retomada das atividades em várias regiões, pelo menos quatro, de cada 10 empresas brasileiras, ainda sentem os impactos negativos da crise do coronavírus. É o que mostra pesquisa do IBGE referente à primeira metade de agosto.
Ela leva em conta, por exemplo, possíveis dificuldades para produzir e entregar mercadorias; para conseguir pagar as contas; e, é claro, se houve queda nas vendas. No geral, as empresas menores, que respondem pela maior parte dos CNPJs ativos no País, são as que mais sofrem.
O coordenador da pesquisa, Flávio Magheli, explica, ainda, que nos setores do comércio e da construção o impacto da crise é pior. A falta de dinheiro e de confiança da população seria um dos fatores que fazem com que o comércio e o setor da construção sofram mais. Até porque muita gente decidiu cortar gastos com roupas, por exemplo, e adiar a reformar da casa, que nem sempre é barata.
Além disso, ainda tem bastante loja fechada ou com restrição, sem falar das pessoas que seguem em casa, com medo do coronavírus. Por fim, Flávio Magheli explica que a maior parte das empresas evitou demissões e adotou medidas de prevenção contra a Covid.
Por fim, chama a atenção o fato de que apenas 23% das empresas que adotaram essas medidas para reduzir os efeitos da crise e da pandemia disseram que se sentiram apoiadas pelo Governo.