Custo de vida do brasileiro volta a subir. O avanço, na última medição de outubro do Índice de Preços ao Consumidor-Semanal, o IPC-S, da Fundação Getúlio Vargas, foi de 0,65%. Em todos os grupos de despesas houve aumento.
Inclusive vestuário e educação, setores bastante afetados no início da pandemia, com o fechamento do comércio e a suspensão das aulas, mas que começam a se recuperar, com a retomada aos poucos das atividades. Porém, quando se analisa os itens que mais puxaram o custo de vida do brasileiro, fica claro que os alimentos ainda são o grande vilão. Principalmente óleo, arroz e tomate, que ficaram entre 13 e 18% mais caros.
É verdade que os preços do leite, da cebola e da manga, por exemplo, caíram. Mas, ainda assim, os alimentos, no geral, subiram 1,69%, mais que o dobro do IPC-S como um todo, que é a média do que ficou mais caro ou mais barato.
Vale lembrar que a seca nas regiões de lavoura e o aumento das vendas para outros países, por conta da alta do dólar, têm feito com que a oferta de alguns itens seja pequena, aqui no Brasil. O que puxa os valores para cima. Assim como o aumento da procura por certos alimentos, uma vez que o auxílio emergencial botou mais dinheiro para girar na economia.
Por fim, vale destacar, ainda, uma alta de 16% no preço da passagem de avião, já que a reabertura econômica e do setor de turismo fez muita gente voltar a viajar.