Custo de vida para as famílias com renda mais baixa aumenta mais que a inflação oficial
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Publicado em 10/06/2021

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística divulgou os dados sobre a inflação oficial em maio.

De acordo com o IBGE, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo, conhecido pela sigla IPCA, encerrou o quinto mês do ano em 0,83%, acumulando alta de 3,22% no ano e de 8,06% nos últimos 12 meses.

Mas os dados divulgados pelo IBGE revelam também que a elevação do custo de vida foi ainda mais sentida pelos mais pobres.

Isso porque a variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor, o INPC, foi superior à variação do IPCA.

O IPCA monitora custos da cesta de produtos e serviços de famílias com rendimentos de 1 a 40 salários mínimos, enquanto o INPC mede inflação percebida por famílias com renda entre um e cinco salários mínimos mensais, sendo o chefe assalariado.

É o grupo da população que costuma gastar praticamente todo rendimento em Itens básicos como alimentação, medicamentos e transporte, por exemplo

Em maio, o INPC avançou 0,86% - acima do resultado do IPCA e também maior que o resultado de abril, que foi de 0,38%.

No resultado acumulado 12 meses, o custo de vida para essa fatia da população já avança 8,90%, índice que é 0,84 ponto percentual superior à inflação oficial no mesmo período.

De acordo com o IBGE, no quinto mês do ano, o que mais pressionou o INPC foi a alta na energia elétrica.

Ela também impactou fortemente o IPCA, mas os custos mais altos com energia acabam pesando ainda mais entre as famílias de renda menor.

Além disso, também pesaram bastante no INPC do mês os aumentos da gasolina e das carnes.

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